A Anistia Internacional solicitou às autoridades da Itália e da União Europeia a proteção dos direitos humanos dos milhares de migrantes provenientes da Tunísia que tem atracado na ilha de Lampedusa e na costa italiana do continente nos últimos dias.
Cerca de quatro mil tunisianos chegaram a territórios italianos nos últimos dias fugindo da tensão política na Tunísia após a queda do ex-presidente Ben Alí, afirma a organização humanitária.
Já de acordo com os cálculos ACNUR (do Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas), entre 10 e 13 de fevereiro atracaram em Lampedusa por volta de 4,5 mil imigrantes ilegais.
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Segundo a AI, “no passado, houve muitas denúncias relativas aos requisitantes de asilo provenientes de países localizados no sul do Mediterrâneo, cujos direitos humanos foram violados na Itália”.
Em 2009, a entidade internacional denunciou que o governo italiano estava interceptando refugiados em águas internacionais e enviando-os, sem proteção, para a Líbia, onde os migrantes sofriam maus tratos e eram obrigados a retornar ao seu país de origem. De acordo com a AI, entre 6 e 11 de maio daquele ano, a Itália teria interceptado cerca de 500 pessoas para a nação de Muammar Kadafi.
“Enquanto falamos agora do desafio de administrar os fluxos migratórios muito grandes, as autoridades competentes devem assegurar que não ocorram outros episódios nos quais os direitos humanos dos requisitantes de asilo sejam violados”, declarou Nicola Duckworth, diretora do programa da AI para a Europa e Ásia Central
Ela defendeu que ninguém seja “reenviado a força a um país onde haja risco de sofrer graves violações dos direitos humanos ou sem uma adequada avaliação da circunstância e da necessidade de proteção”.
Para Duckworth, “qualquer decisão de deter uma pessoa” deve ser baseada em sua conduta individual, acrescentou.
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