O Brasil manifestou neste domingo (13/11) esperança de que os colombianos apoiem o novo acordo de paz alçancado entre o governo da Colômbia e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ofereceu cooperação ao “país amigo neste momento histórico”, em comunicado publicado pelo Ministérias das Relações Exteriores.
O governo reiterou sua disposição a “contribuir na medida de suas possibilidades e de acordo com o que solicite o governo colombiano, para que a paz chegue definitivamente à Colômbia, país vizinho e amigo ao qual, neste momento histórico, reiteramos nossas felicitações e nossa solidariedade”.
“O governo brasileiro expressa sua esperança de que o novo texto obtenha o necessário apoio da cidadania colombiana”, diz o comunicado.
Maduro diz que acompanhará povo colombiano em “processo histórico”
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também felicitou o governo colombiano e as FARC pelo acordo, em comunicado publicado neste domingo no site oficial do Ministério de Relações Exteriores no qual expressou seu desejo de “seguir acompanhando o povo colombiano neste processo histórico, e prosseguir pelo caminho das boas relações de cooperação e amizade”.
“Este novo acordo expressa a vontade e o desejo firme do povo colombiano por alcançar a paz”, disse a nota, e ainda citou Hugo Chávez, que “sempre defendeu a unidade dos povos da América Latina e do Caribe” e declarou que “a paz da Colômbia era a paz da Venezuela”.
Agência Efe
Representante do governo colombiano nas negociações, Humberto de la Calle, cumprimenta líder das FARC em Havana, Luciano Marín
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Para secretário de Estados dos EUA, acordo constitui um grande passo “rumo a uma paz justa e duradoura”
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, parabenizou neste sábado o governo e o povo da Colômbia pelo novo acordo de paz fechado com as FARC, do qual disse que é um “importante passo” para a estabilidade e reconciliação do país.
“Após 52 anos de guerra, nenhum acordo de paz pode satisfazer todos em todos os detalhes. Mas este acordo constitui um grande passo adiante no caminho da Colômbia rumo a uma paz justa e duradoura”, declarou Kerry, segundo um comunicado divulgado pela embaixada americana em Bogotá.
O governo colombiano e as Farc apresentaram hoje em Havana um novo acordo que contém as contribuições dos setores contrários ao pacto inicial que foi assinado no dia 26 de setembro e depois rejeitado pelos colombianos no referendo de 2 de outubro.
Kerry elogiou o governo e o povo da Colômbia “por conseguir um acordo de paz revisado”.
Segundo o secretário, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, sua equipe negociadora, os representantes da campanha do “não” na consulta do dia 2 de outubro e outros importantes setores da sociedade “merecem crédito de ter iniciado um diálogo nacional respeitoso e de grande alcance após o referendo”.
“Este acordo tem o benefício de muitas horas de discussão entre os partidários e opositores dos acordos originais de paz”, acrescentou Kerry segundo o comunicado divulgado pela embaixada.
Kerry reiterou que os EUA, “em coordenação com o governo da Colômbia, continuarão apoiando a plena implementação do acordo de paz definitivo”.
Berlim classifica acordo colombiano de “esperança” em um “mundo desunido”
O Executivo alemão expressou neste domingo satisfação pelo novo acordo de paz, questão que qualificou de “sinal de esperança” em um “mundo desunido”.
Todas as partes envolvidas mostraram uma “vontade inquebrantável de paz”, ao se sentar novamente para negociar após a rejeição do acordo anterior em referendo realizado em outubro, apontou o ministro alemão de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, através de um comunicado.
O resultado agora é um acordo “melhorado” e uma demonstração de que ambas as partes querem “um futuro em paz” para a Colômbia, prossegue, e que seguir na via do “confronto sangrento” não é uma opção.
Steinmeier expressa, além disso, sua “admiração” pela determinação do presidente Juan Manuel Santos a pôr fim a décadas de conflito e lembra o compromisso da Alemanha com o processo de paz e a ajuda ao pós-conflito.
O governo alemão criou em meados de 2015 o cargo de comissário especial para o processo de paz na Colômbia, que recaiu no até então delegado de Direitos Humanos do Executivo, Tom Koenigs, adscrito ao Ministério das Relações Exteriores.
França promete apoio a Santos
A França demonstrou satisfação ao falar sobre o novo acordo entre o governo colombiano e as Farc, que volta a dar “esperança” para “uma paz duradoura” e prometeu seu apoio ao presidente, Juan Manuel Santos, a seu governo e ao povo para que essa perspectiva se torne realidade.
O ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, em uma declaração divulgada por seu departamento, insistiu que seu país “cumprimenta os esforços de todas as partes” para conseguir o novo compromisso entre o Executivo de Santos e as FARC.
Um compromisso que, de acordo com Ayrault, “volta a dar esperança na perspectiva de uma paz duradoura em benefício de todos os colombianos”.
“A França -acrescentou o chanceler- estará ao lado do presidente Santos, do governo e do povo colombiano para contribuir para que esta perspectiva se torne realidade”.
Vice-presidente da Comissão Europeia espera que novo acordo de paz da Colômbia amplie consenso social
A alta representante da União Europeia para a Política Externa e vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini, expressou neste sábado sua esperança de que o novo acordo de paz assinado pelo governo colombiano e as Farc sirva para ampliar o consenso da sociedade.
Mogherini falou por telefone com a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, que lhe transmitiu “os principais aspectos do novo acordo fechado”, segundo um comunicado da delegação da UE no país.
Moguerini destacou que durante as últimas seis semanas o governo, os líderes da campanha pelo “não”, as Farc e representantes da sociedade civil “fizeram um considerável esforço para dar resposta às preocupações e desejos do povo colombiano”.
“A União Europeia continuará mantendo seu firme apoio ao processo de paz na Colômbia e em particular à implementação de medidas que possam contribuir para a construção de uma paz sólida e duradoura”, concluiu Mogherini.
(*) Com Agência Efe