O diálogo com o Irã que busca desmilitarizar o programa nuclear do país islâmico chegou a um “ponto muito importante”, afirmou neste domingo (10/11) o diretor da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Yukiya Amano, que se reunirá nesta segunda-feira (11) com autoridades iranianas em Teerã.
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“Espero que a reunião produza resultados concretos em direção a resolução de assuntos pendentes, para assegurar que o programa nuclear do Irã tenha exclusivamente objetivos pacíficos”, declarou o diretor do órgão à imprensa antes de embarcar para Teerã.
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“O Irã apresentou novas propostas no mês passado que incluem medidas práticas para fortalecer a cooperação e o diálogo”, lembrou o principal responsável da agência das Nações Unidas que zela pelo uso pacífico da energia atômica, fazendo referência ao último encontro realizado entre as partes em 29 de outubro na cidade de Viena, Áustria.
Esta será a 13ª reunião em menos de dois anos para chegar a um acordo sobre um sistema de inspeções e acesso dos analistas da AIEA a documentos iranianos que tirem as dúvidas do órgão a respeito da natureza do programa atômico do país.
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A respeito da falta de resultados concretos da negociação encerrada na madrugada deste domingo (10) entre o Irã e as potências mundiais, Amano explicou que esse processo não tem ligação com o que é realizado atualmente pela agência.
“São processos diferentes, independentes e separados”, ressaltou.
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Na segunda visita de Amano à Teerã nos quatro anos em que está à frente da AIEA, está programado também um encontro entre os inspetores do órgão com especialistas iranianos.
Entre os pontos mais complicados para se chegar a um acordo está a exigência do órgão para ter acesso a Parchin, unidade militar na qual vários serviços de inteligência estrangeiros suspeitam que o Irã tenha realizado experiências relacionadas ao desenvolvimento de armas nucleares.
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Neste domingo (10), Rouhani se dirigiu à imprensa internacional, afirmando que o enriquecimento de urânio era um direito da República Islâmica do Irã, e que esta “não se curvou e não se curvará perante ameaças de nenhuma autoridade”.
*Com informações de agências internacionais