O ex-ministro da Defesa iraquiano Ali Hassan al-Majid – conhecido como “Ali Químico” – foi condenado à morte hoje (17) pela Suprema Corte do Iraque por ter ordenado, em 1988, um ataque com gás tóxico contra a minoria curda, informou a televisão local.
Esta é a quarta condenação à morte de Majid, primo do ex-presidente Saddam Hussein, executado em 2006.
Segundo a condenação, em 1988 Majid comandou um ataque contra a localidade curda de Al-Halbja, no qual aproximadamente 5 mil pessoas teriam morrido.
O julgamento por essas mortes começou em dezembro de 2007. Desde então, 34 testemunhas deram sua versão dos fatos ao longo de 36 audiências.
Também foram condenados pelo ataque o também ex-ministro da Defesa Sultan Hasheem e o então chefe do serviço secreto iraquiano, Ali Sader al-Douri. Ambos passarão 15 anos presos.
Já o chefe da inteligência na região, Farhan Motlak, foi condenado a dez anos de prisão.
Curdistão
Segundo as vítimas, Al-Halbja foi atacada com armas químicas, o que teria causado a morte de um “grande número de pessoas”. Como principal responsável pelo crime foi apontado “Ali Químico”, que chefiava o Escritório de Organização do Norte do extinto Partido Ba'ath, de Saddam.
Uma delegação com funcionários do governo do Curdistão iraquiano chegou ontem a Bagdá para saber em primeira mão a sentença anunciada hoje.
“Ali Químico” já foi condenado à morte pelo assassinato de dezenas de xiitas em fevereiro do 1999; pelo genocídio de curdos em Anfal, em 1988, e pela repressão à rebelião xiita em áreas do sul do Iraque em 1991.
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