As pesquisas sobre o segundo turno das eleições legislativas na França mostram uma leve recuperação da coalizão governista Juntos, em comparação com a extrema direita, que lidera na maioria dos distritos. A razão desse crescimento do setor da centro-direita tradicional, que ficou em terceiro no primeiro turno, parece ser uma estratégia que os próprios governistas estão chamando de “desmacronização”.
A tarefa consiste em descolar a imagem do setor da do atual presidente, Emmanuel Macron, admitindo que sua figura prejudica a conquista de novos votos para seus candidatos.
![](https://controle.operamundi.uol.com.br/wp-content/uploads/2024/07/banner-palestina.png)
Uma matéria publicada no site Politico traz entrevistas com figuras ligadas à direção nacional do Juntos que, sob a condição de anonimato, reconheceram que a principal mudança da campanha para este segundo turno foi a retirada de Macron das principais peças de propaganda, alémd de um pedido formal para que ele se afastasse.
“Pediram a ele (Macron) para que parasse (de fazer campanha), e não é que ele tenha dado ouvidos à nossa mensagem, ele foi forçado a ouvi-la”, disse um dos entrevistados.
![](https://controle.operamundi.uol.com.br/wp-content/uploads/2024/07/macron.jpg)
Presidente francês desapareceu da campanha eleitoral por decisão dos seus próprios aliados
Outra pessoa procurada pela reportagem relatou que a avaliação da direção nacional do Juntos é que “o presidente subestimou o nível de rejeição à sua personalidade que existe atualmente no eleitorado francês”.
No primeiro turno das eleições legislativas francesas, realizado no último domingo (30/06), o setor governista terminou em terceiro lugar, com apenas 20% dos votos, sendo superado pela extrema direita, que ficou com 34%, e pela Nova Frente Popular, que reúne diversos movimentos e partidos de esquerda, que obteve 28,5%.
O segundo turno na França acontece no próximo domingo (07/07).
Com informações de Politico.