Atualizada às 12h30
O autor da trilogia Millennium, Stieg Larsson (1954-2004), investigou o assassinato do premiê sueco Olof Palme em 1986 — caso que jamais foi solucionado —, segundo revelações do jornal sueco Svenska Dagbladet nesta terça-feira (25/02). De acordo com o veículo, Larsson teria enviado à polícia evidências relacionando a morte de Palme à África do Sul. “A morte de Palme tornou-se uma prioridade na agenda de Stieg”, afirmou a ex-companheira do escritor, Eva Gabrielsson, à AFP.
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Primeiro-ministro da Suécia entre 1969-1976 e 1982-1986 foi morto a tiros no centro de Estocolmo em fevereiro de 1986
Em suas investigações, o escritor dos best-sellers policiais sustenta em 15 páginas de anotações que o principal suspeito seria o ex-militar sueco Bertil Wedin, acusado de ter relações com os serviços de segurança sul-africanos. “Uma fonte o descreveu como o intermediário do assassino; outra, como um dos melhores assassinos profissionais da Europa”, relata Larsson em um dos seus documentos.
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“Nada tenho a perder até que a verdade seja revelada, já que felizmente não sou o assassino”, afirmou Wedin à publicação sueca. Seu nome já havia sido mencionado nos anos 1990, mas depois fora descartado. Já a vice-procuradora-geral, Kerstin Skarp, responsável pelo caso, acrescentou que o suspeito de Larsson “não é alguém que estamos buscando intensamente no momento”.
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Conhecido por ser um político social-democrata, Palme foi também um crítico do sistema de segregação racial (apartheid) que estava em vigor na África do Sul à época. Além disso, foi considerado pelos conservadores suecos progressista por suas ideias anticolonialistas. Premiê entre 1969 e 1976 e depois entre 1982 e 1986, Palme foi morto a tiros quando voltava do cinema com sua mulher no centro de Estocolmo, no dia 28 de fevereiro de 1986.
Principal sucesso de Stieg Larsson, a trilogia do Milênio é composta por Os Homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar. Juntos, os livros venderam mais de 75 milhões de exemplares em 50 países e ganharam duas versões cinematográficas, sendo uma hollywoodiana.
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