O secretário-geral do PD (Partido Democrático) e líder da coalizão governamental da Itália, Matteo Renzi, obteve nesta terça-feira (25/02) o voto de confiança da Câmara dos Deputados, última etapa do trâmite parlamentar ao qual teve que se submeter para assumir o cargo de primeiro-ministro da Itália. Renzi havia sido nomeado pelo presidente Giorgio Napolitano há uma semana, dias depois da renúncia do premiê Enrico Letta.
Agência Efe
O líder do PD, Matteo Renzi, acompanha a votação no Senado italiano que o garantiu para assumir o cargo de premiê
Das 630 cadeiras que compõem a Câmara, 378 votaram a favor de Renzi e 220 contra. A sessão plenária teve 599 deputados presentes e contou com apenas uma abstenção.
O cenário da votação na Câmara foi semelhante ao que Renzi enfrentou ontem para obter o apoio do Senado. Apoiaram o ex-prefeito de Florença seus parceiros no governo: o Novo Centro-Direita, a Escolha Cívica, a União de Centro e a sua própria legenda, o PD.
Contra Renzi, estiveram: o Forza Itália, de Silvio Berlusconi; a separatista Liga Norte; o Movimento 5 Estrelas; e o Esquerda, Ecologia e Liberdade.
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Letta, que tinha proposto em 13 de fevereiro um programa “sem caducidade”, se viu obrigado um dia depois a apresentar sua renúncia perante o chefe do Estado italiano, Giorgio Napolitano, devido à pressão de seu próprio partido, o PD, e de seu secretário-geral, Renzi, que lhe instaram a abrir caminho para um novo Executivo.
Após a renúncia do social-democrata Letta, Napolitano convocou uma rodada de consultas com as principais forças políticas da Itália e terminou encarregando a formação de um governo de coalizão a Renzi, de 39 anos.
Durante a semana passada, Renzi buscou aliados no Parlamento para criar uma maioria governamental, gestões que finalizaram com uma aliança com as siglas políticas que apoiaram durante dez meses o Executivo de Letta.
Após vários dias de deliberações, na sexta-feira passada Renzi apresentou o primeiro governo paritário da história da Itália, que foi submetido, entre ontem e hoje, ao voto de confiança no Senado e na Câmara dos Deputados.
Uma vez alcançado o respaldo da Câmara, Renzi tem sinal verde para iniciar seu governo, dotado de um programa, segundo suas palavras, “reformista” com o qual pretende realizar “uma mudança radical” no país.
(*) Com informações da Agência Efe