Após 1º caso de zika, Rússia passa a controlar entrada de passageiros de países em que vírus circula

A Rússia confirmou nesta segunda-feira (15/02) que colocará em prática novas medidas de controle para pessoas que chegam ao país a fim de evitar a entrada do vírus zika. O primeiro caso da doença foi confirmado nesta tarde.

Serão aplicados controles sistemáticos às entradas por via marítima ou aérea de todos aqueles procedentes de países onde circula o zika, disse à Agência Efe a ministra da Saúde, Veronika Skvortsova.

Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

O mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus zika, da dengue da chikungunya 

“Essas medidas consistem na vigilância e exame em todas as embarcações e aeronaves, a medição da temperatura [dos passageiros] e um questionário às pessoas que chegam à Rússia sobre seu estado de saúde”, explicou ela.

“Nós somos extremamente cautelosos. Nossos especialistas encontraram um método excelente para o diagnóstico imediato do vírus”, informou Skvortsova.

Ela também confirmou nesta tarde o primeiro caso de zika em Moscou, contraído por uma mulher que esteve recentemente na República Dominicana. A paciente foi hospitalizada assim que surgiram os sintomas e encontra-se em estado de saúde “satisfatório”.

A família da mulher, de identidade não revelada, está sendo monitorada, mas não foram encontradas “manifestações clínicas” do zika e os testes para detectar o vírus voltaram todos negativos.

Segundo a ministra, os passageiros que estiveram no avião junto com a paciente, em sua viagem de volta da República Dominicana, não correm risco de saúde. Ela ainda afirmou que todas as aeronaves procedentes de países com zika são desinfetadas para eliminar a possível presença do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, ou seus ovos.