As denúncias de propina e desvios de dinheiro por dirigentes da Fifa (Federação Internacional de Futebol) devem ser capazes de provocar na comunidade mundial ações mais drásticas para combater a corrupção em organizações, companhias e governos no mundo todo. Esta é a opinião do premiê David Cameron, recém reeleito no Reino Unido, que será compartilhada a outros líderes mundiais na reunião de cúpula do G7, que ocorre a partir de domingo (07/06) na Alemanha.
Como já adiantaram oficiais do governo britânico à imprensa local, Cameron pedirá à comunidade internacional uma força-tarefa para erradicar “o câncer da corrupção”, além de condenar o “tabu mundial” que impõe silêncio diante de instituições corruptas.
Agência Efe
Rostos do britânico Cameron e da alemã Merkel em balões, parte de performance de protesto, às vésperas da reunião do G7
“Nos últimos dias, temos visto a dura verdade sobre a Fifa. As pessoas que comandam o futebol estão enfrentando espantosas acusações que sugerem estar absolutamente saturados de corrupção. E a renúncia de Joseph Blatter apresenta a oportunidade de limpar o esporte que amamos. É também uma oportunidade para aprender uma lição mais ampla sobre enfrentar a corrupção”, dirá David Cameron, segundo o jornal The Guardian, na abertura da reunião do G7, que ocorre entre domingo (07/06) e segunda-feira (08/06) na cidade alemã de Garmisch-Partenkirchen.
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O G7 é um bloco econômico que reúne: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos — a Rússia, que também fazia parte do grupo (ex-G8) foi excluído em março de 2014 por conta da anexação da Crimeia e da crise ucraniana.
Protesto
Portando faixas onde se lia “Lute contra o G7 pela revolução” e “G7 vá para o inferno! Eu gosto do Putin”, milhares de manifestantes marcharam na cidade alemã na véspera da reunião do bloco econômico, que se reunirá em um hotel de luxo local.
Agência Efe
Milhares de pessoas protestaram na cidade alemã de Garmisch-Partenkirchen às vésperas da reunião do G7
A polícia estimou em 2 mil pessoas os manifestantes — enquanto os organizadores afirmaram haver mais de 4 mil ativistas no local. Não houve confrontos com as forças de segurança; o poder público alemão deslocou mais de 22 mil policiais para fazer a segurança do evento.
“Eu estou protestando porque as grandes corporações financeiras têm muita influência sobre a política”, disse um cidadão alemão que compareceu à marcha à agência Reuters.