O governo da China pediu nesta sexta-feira (26/12) calma aos Estados Unidos e à Coreia do Norte após as primeiras exibições, em salas de cinema nos EUA e através da internet, do filme “A Entrevista”.
“Esperamos que todas as partes envolvidas mantenham a calma e tratem este assunto de forma adequada”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying. “A China espera que todas as partes envolvidas procedam de forma objetiva neste assunto, o revisem com seriedade e se comuniquem para resolvê-lo o mais rápido possível”, acrescentou a porta-voz.
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Segundo o jornal The New York Times, os EUA teriam solicitado a colaboração da China para bloquear ataques de hackers norte-coreanos. O sistema de telecomunicações da Coreia do Norte passa por redes chinesas, portanto a cooperação de Pequim na “resposta proporcional” prometida pelo presidente norte-americano, Barack Obama, ao ataque cibernético à produtora Sony seria crucial.
Agência Efe
Cinema em Atlanta (EUA) exibe “A Entrevista”; policiamento foi reforçado em algumas salas, mas não foi registrado nenhum incidente
A Coreia do Norte nega responsabilidade pelo ataque realizado no dia 24 de novembro pelo grupo “Guardians of Peace” (“Guardiães da Paz”). Além de roubar dados pessoais de funcionários da Sony, conteúdos de e-mails e filmes inéditos da produtora, o grupo advertiu que “semearia o terror” nos cinemas que exibissem o longa, que satiriza o ditador norte-coreano Kim Jong-un, e comparou seu plano com os atentados do 11 de setembro de 2001 nos EUA.
A Sony chegou a cancelar a estreia do filme, no que foi criticada por Obama. Após a repercussão negativa, a produtora voltou atrás e manteve a data original de lançamento, 25 de dezembro. “A Entrevista” estreou em 300 cinemas dos Estados Unidos e está disponível em plataformas digitais como Google Play, YouTube Movies e Xbox Vídeo.
*Com informações de Agência Efe
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