O governo da Argentina, liderado por Mauricio Macri, declarou por meio de comunicado nesta quarta-feira (31/08) que “respeita o processo institucional verificado” no país, em referência à destituição de Dilma Rousseff, aprovada nesta tarde pela maioria do Senado brasileiro.
“Ante os acontecimentos registrados no dia de hoje no Brasil, o governo argentino manifesta que respeita o processo institucional verificado no país irmão e reafirma sua vontade de continuar pelo caminho de uma real e efetiva integração no marco do absoluto respeito pelos direitos humanos, as instituições democráticas e o direito internacional”, diz a nota divulgada pela chancelaria argentina.
Casa Rosada Argentina / Divulgação
A chanceler argentina, Susana Malcorra, e o presidente argentino, Mauricio Macri
“Neste sentido, a Argentina renova seu desejo de continuar trabalhando com o governo do Brasil para a resolução dos temas de mútuo interesse das agendas bilateral, regional e multilateral, assim como para o fortalecimento do Mercosul”, conclui o comunicado.
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Segundo o jornal argentino La Nación, o documento foi elaborado por Susana Malcorra, chanceler argentina, e Marcos Peña, chefe de gabinete de Macri. Fontes do governo disseram ao jornal que, para o presidente Macri, “o importante é que termina a incerteza e se instala um interlocutor duradouro”.
O governo argentino destoa dos governos de Venezuela, Equador, Bolívia e Cuba, que já se manifestaram contra a destituição de Dilma e convocaram de volta seus embaixadores no Brasil. A posição de Macri também contrasta com aquela de sua antecessora, Cristina Kirchner, que também repudiou o impeachment de Dilma Rousseff, que classificou como “golpe institucional”.