O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte divulgou nesta quinta-feira (01/12) um comunicado criticando as sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU em resposta ao último teste nuclear no país no dia 9 de setembro e a violações de resoluções das Nações Unidas. O governo acusou o Conselho de Segurança de “negar a soberania” norte-coreana e disse que o país tomará medidas de autodefesa mais rigorosas em resposta às novas sanções, segundo a agência de notícias estatal KCNA.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (30/11), por unanimidade, medidas que incluem restrições às exportações norte-coreanas de carvão, em uma tentativa de limitar as receitas de Pyongyang e, assim, os recursos que o governo de Kim Jong-un pode dedicar a seus programas atômicos e de mísseis balísticos.
Além de reforçar uma série de sanções que o Conselho de Segurança vem impondo nos últimos anos, as novas medidas estabelecem, a partir de janeiro, um limite de US$ 400 milhões, ou 7,5 milhões de toneladas anuais, para as exportações de carvão da Coreia do Norte, uma redução de cerca de 60%. Segundo vários estudos, as exportações de carvão atualmente rendem cerca de US$ 1 bilhão ao ano ao país devido ao comércio com a China. Além disso, as sanções proíbem as exportações de outros materiais, como cobre e prata, além de imporem outras restrições comerciais.
Agência Efe
Conselho de Segurança da ONU aprovou com unanimidade novas sanções que limitam exportações da Coreia do Norte
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A resolução também acrescentou vários indivíduos e entidades à “lista negra” da ONU, o que acarreta em proibições de viagens e congelamento de ativos.
“O Conselho de Segurança tomou uma ação contundente perante um dos desafios mais duráveis e inquietantes para a paz e a segurança”, declarou Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas.
Ban, que, ao contrário do habitual, discursou no Conselho após a votação, destacou a “unidade” demonstrada pelos 15 integrantes deste órgão das Nações Unidas para fazer frente a esta ameaça e pediu a todos os Estados-membros da organização que apliquem totalmente as sanções para garantir sua efetividade.
Segundo Ban, a Coreia do Norte deve “mudar de rumo e avançar para o caminho da desnuclearização com um diálogo sincero” com a comunidade internacional.
(*) Com agências