O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que irá retirar o encarregado de negócios do país em Washington, Maximilien Sánchez Arveláiz. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (09/03) ocorre após os Estados Unidos estenderem o decreto que considera o país caribenho como uma “ameaça incomum e extraordinária” para a segurança nacional do país.
“Tomei a decisão de retirar nosso embaixador, que estava exercendo o papel de encarregado de negócios em Washington, e mandar que ele volte a Caracas”, disse Maduro em discurso feito durante um ato político na capital venezuelana.
Agência Efe
Maduro conversa com Maximillien durante ato na Venezuela nesta quarta-feira (09/03)
Maduro afirmou ainda que deu à ministra das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, “instruções precisas para, nas próximas semanas, dar passos para defender a pátria e tomar medidas que serão anunciadas em relação ao decreto dos EUA”.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos, no entanto, relatou que, apesar de ter ouvido as palavras do mandatário venezuelano, não recebeu uma “notificação oficial” da saída de Arveláiz.
“Seguimos tendo relações diplomáticas com a Venezuela e seguimos desejando estar em contato com todos os setores do país, entre eles o Poder Executivo. Os EUA continuam apoiando a democracia, a estabilidade e a prosperidade na Venezuela e na região”, disse uma fonte em caráter de anonimato à agência Efe.
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Obama renovou, na última terça-feira (08/09), o decreto que declara a Venezuela uma ameaça “extraordinária e não usual” à segurança dos Estados Unidos emitido há um ano.
Para prorrogar a ordem, Obama argumentou que a Venezuela segue sofrendo com “a perseguição de opositores políticos, a restrição da liberdade de imprensa, o uso da violência e violações aos direitos humanos”.
Ambos os países estão sem embaixadores desde 2010, quando o governo do então presidente Hugo Chávez rejeitou a designação de Larry Palmer como chefe da missão diplomática norte-americana em Caracas devido a declarações feitas por ele no Senado sobre a Venezuela.
Como resposta, os EUA decidiram revogar as credenciais de Bernardo Álvarez como embaixador venezuelano em Washington. Desde então, as acusações de ambos os lados foram constantes.
(*) com informações da Agência Efe