As autoridades da Arábia Saudita aumentaram nesta sexta-feira (11/03) o policiamento nas principais ruas da capital, Riade, em resposta a uma série de manifestações marcadas para ocorrerem ao longo do dia. A polícia saudita bloqueou algumas ruas e montou barreiras na capital com revistas de carros e pedestres. Estão proibidos protestos e manifestações em quaisquer áreas do país. As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa.
O governo do rei Abdallah é considerado um dos regimes mais fechados do mundo. A Arábia Saudita é o maior produtor mundial de petróleo e ali estão localizadas as duas cidades sagradas da religião muçulmana, Meca e Medina.
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Nos últimos dias, líderes das manifestações fizeram apelos, via internet, para o chamado Dia da Ira promovendo protestos ao longo de hoje em Riade e Jeddah. As manifestações foram convocadas para depois das orações – seguindo a religião muçulmana.
Ainda não há relatos de quaisquer manifestações hoje. Ontem à noite houve um protesto em Qatif, durante o qual a polícia disparou sobre uma multidão de centenas de manifestantes. A cidade de Qatif fica no Leste do país, onde vive a maior parte da minoria xiita – cerca de 10% dos 28 milhões de sauditas – que se queixam de discriminação. A região Leste do país concentra ainda a maior parte das refinarias de petróleo. Nesta área há registros constantes de manifestações nas últimas semanas.
Paralelamente aos protestos xiitas, grupos de intelectuais, ativistas e teólogos sauditas têm feito circular petições nas quais apelam por reformas democráticas na Arábia Saudita. Os manifestantes não exigem mudança de regime – a monarquia controla o país – , mas querem o fim do sistema absolutista.
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