Arábia Saudita intensifica repressão ao Twitter, denuncia ONG de direitos humanos
Human Rights Watch alega que país usa “lei vaga" para punir cidadãos com penas de até cinco anos de prisão e multas equivalente a RS$ 2 mil
As autoridades da Arábia Saudita reforçaram repressão contra internautas dissidentes, denunciou a Human Rights Watch neste domingo (23/11), alegando que os promotores e juízes se utilizam de “leis vagas para processar cidadãos pacíficos” que usam as redes sociais, principalmente o Twitter.
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Legislação crimaliza quem prejudica “ordem pública, valores religiosos, moral e santidade da vida privada” via tweet
No mês passado, três advogados foram condenados a cinco de cárcere por criticar o Ministério da Justiça via Twitter. Um deles teria dito que o desempenho da pasta era “catastrófico e embalado em mentiras e fraudes na mídia sem precedentes”. Já outro tuitou que o sistema judicial saudita “vive na escuridão da Idade Média nos seus processos e em sua gestão”.
Recentemente, a polícia também deteve uma ativista liberal feminista após ela criticar líderes religiosos e promover direitos das mulheres sauditas de dirigir, que é proibido no país. Em meio aos levantes populares da Primavera Árabe, o movimento #women2drive teve início com o intuito de protestar contra a legislação e a restrição de gênero no território.
Carlos Lattuf/ Opera Mundi
Segundo a organização de direitos humanos, o país deve respeitar a liberdade de expressão e atualizar suas leis contra crimes virtuais, que são vagas demais e repressivas.
Essa legislação criminaliza quem “produzir algo que prejudique a ordem pública, os valores religiosos, a moral, a santidade da vida privada”, com penas de até cinco anos de prisão ou multas equivalentes a R$ 2 mil.
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