O Banco Central da Argentina iniciou a distribuição das cédulas de dinheiro impressas no Brasil, de acordo com o jornal local La Nación nesta segunda-feira (13/12). A medida foi tomada devido à escassez de notas em circulação e a ausência nos próprios caixas eletrônicos.
“O Banco Central disse que os bilhetes já chegaram do Brasil e que não estarão mais em falta. De qualquer forma, para mim isso representa um despreparo por parte do BC, já que dezembro é um mês particular pois com as festas e a chegada das férias as pessoas tendem a sacar maiores quantidades de dinheiro”, afirmou da titular da autoridade monetária, Mercedes Marcó del Pont, em entrevista ao La Nación.
As situações mais críticas foram nas cidades de Tucumán e Córdoba, onde cerca de 10% dos caixas eletrônicos não possuiam notas de dinheiro.
Leia mais:
Economia argentina cresce 11% em junho, mas inflação atinge nível recorde
Superávit primário argentino de julho é 410% maior que o de 2009
Aposentados na Argentina terão bônus de 500 pesos em dezembro
Quadrinhos argentinos para escolas falam da dívida e mostram FMI como vilão
Na semana passada, o Banco Central recomendou que os bancos não criassem um alarme diante da situação e justificou a falta se deu em razão da maior demanda de notas que acontece no final do ano. Segundo o BC, o problema foi apenas “físico” e não de liquidez. Economistas argentinos, porém, questionam se a falta de notas se deu exclusivamente ao crescimento da demanda ou se é reflexo do impacto da inflação sobre a economia.
Estímulos
Há duas semanas, os argentinos estão sendo estimulados a optar por outras formas que não as notas para fazer compras. Para pagamentos feitos nos cartões de débito há 5% do reembolso do IVA (Imposto ao Valor Agregado). Já as transferências bancárias feitas online são gratuitas.
No entanto, de acordo com o jornal argentino, a quantidade de cédulas solicitada ao Brasil não é suficiente para abastecer todo o sistema bancário. Ao todo foram encomendadas 100 milhões de notas de 100 pesos.
A decisão de encarregar o Brasil da impressão das cédulas foi de Del Pont, que acompanhou de perto o aumento da demanda dos bancos com a escassez de notas. A escolha – que, segundo ela, “não foi aleatória” – procurou diminuir as queixas dos grandes bancos, que chegaram a reclamar que as remessas de notas vinham em pouca quantidade.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL