O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou nesta sexta-feira (11/01) que o Exército não atacará os guerrilheiros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) se eles se desarmarem e recuarem para suas bases do norte do Iraque.
“Se fizerem essa promessa (de retirar-se) e quiserem sair do país após deixar as armas, vamos aprová-lo”, declarou Erdogan a um grupo de jornalistas turcos no avião que o levava outra vez à Turquia após uma viagem por vários países africanos.
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O premiê assegurou que os contatos com o líder preso do PKK, Abdullah Ocalan, continuarão até chegar “às metas” que foram propostas. Segundo comentaram as autoridades turcas, o objetivo final das conversas com Ocalan é o desarmamento do PKK e pôr fim a quase 40 anos de confrontos armados.
Erdogan explicou que Ocalan afirma ter o controle sobre “a montanha”, em alusão à retaguarda da guerrilha, mas o líder considerou que no PKK, há uma divisão entre quem continua apostando na violência e quem deseja uma saída dialogada.
Dessa forma, “se mantêm sua lealdade aos princípios negociados este processo continuará. Se não é assim, não podemos continuar”, disse o primeiro-ministro, dando a entender que já havia alguns princípios estipulados com Ocalan.
Sobre a possibilidade de oferecer educação em curdo, uma das reivindicações mais antigas dos setores nacionalistas curdos, Erdogan a excluiu ao entender que pode levar “à divisão do país”.
As declarações vem um dia depois de três ativistas curdas, uma delas vinculada ao PKK, terem sido mortas em Paris. Oficiais franceses suspeitam de execução por motivos políticos.