Ao menos 25 pessoas, entre elas estudantes, professores e guardas de segurança, morreram nesta quarta-feira (20/01), após um atentado dos talibãs contra uma universidade no norte do Paquistão.
EFE
Várias pessoas esperam notícias diante do hospital de Charsadda, após ofensiva talibã
O ataque com explosões de granadas começou às 9h (2h em Brasília), na Universidade Bacha Khan de Charsadda. Segundo testemunhas, um grupo de homens entrou na instituição disparando a esmo.
A troca de tiros terminou depois de várias horas, e quatro militantes foram mortos. Segundo militares à Reuters, o número de óbitos pode subir para até 40 pessoas.
“O Exército tomou o edifício e continua as buscas por terroristas que podem estar escondidos”, disse à Agência Efe o oficial de polícia Saeed Wazir.
De acordo com a imprensa local, o comandante Umar Mansoor, do principal grupo talibã paquistanês, o TTP, reivindicou o ataque à universidade.
NULL
NULL
Peshawar
A Universidade Bacha Khan de Charsadda está situada a cerca de 40 quilômetros da capital provincial, Peshawar, onde em dezembro de 2014 os talibãs lançaram um ataque contra uma escola que deixou 150 mortos, entre eles, 125 crianças.
Há pouco mais de mês, as autoridades paquistanesas executaram por enforcamento quatro membros do TTP envolvidos no atentado à escola de Peshawar. O caso ganhou notoriedade internacional e chocou o país.
Nos arredores da província de Peshawar, o Exército do Paquistão iniciou em 2014 uma grande ofensiva contra os talibãs, principalmente na zona tribal do Waziristão do Norte.
Para os talibãs, o atentado à escola fez parte de um plano de vingança por essas operações, que mataram 3.500 insurgentes e quase 500 membros das forças de segurança paquistaneses, segundo dados oficiais.
EFE/Arquivo
População fez vigília em memória dos mortos após o ataque de Peshawar, há pouco mais de um ano