Um atentado a bomba deixou pelo menos sete mortos e 14 feridos nesta quinta-feira (19/8) na região do Turquestão Oriental (Xinjiang, para os chineses), no oeste da China, de acordo com informações da agência de notícias chinesa Xinhua.
A explosão aconteceu por volta das 10h30 locais (0h30 de quarta-feira, no horário de Brasília) quando um homem dirigiu um veículo de três rodas carregado de bombas contra uma multidão na cidade de Aksu, perto da fronteira com o Quirguistão.
Segundo o porta-voz do governo de Urumqi, Hou Hanmin, o homem que carregava os explosivos, assim como a maioria das vitimas, era da etnia uigur, muçulmanos de origem turcomena que são uma das minorias da China. Logo após a explosão, o acusado foi detido com ferimentos, mas passa bem.
A explosão não foi considerada um atentado pela imprensa oficial. Entretanto, logo após o ocorrido, foi decretada lei marcial em Aksu e um elevado número de policiais armados foi mobilizado. A lei marcial, que entra em vigor somente em situações excepcionais, passa o controle da administração da região para uma autoridade militar.
O incidente foi o pior ocorrido no Turquestão Oriental desde os conflitos entre as etnias uigur e Han, que aconteceram em julho do ano passado, quando pelo menos 198 pessoas morreram e outras 1,6 mil ficaram feridas. Na ocasião, atentados foram atribuídos a um grupo terrorista da região – que, segundo a polícia chinesa também foram os responsáveis pelas explosões que antecederam os Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto de 2008.
As autoridades chinesas atribuem a recorrência de atentados no Turquestão Oriental pela “tendência separatista” que existe na região, de acordo com a Xinhua. Já os uigures denunciam a opressão política, religiosa e cultural das autoridades da China. Além disso, acusam o governo chinês de reprimir e torturar os membros da etnia e até mesmo ou executá-los sob falsas acusações de terrorismo.
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