Na véspera da abertura da cúpula do G20, Estados Unidos e Japão anunciaram nesta sexta-feira (14/11) que deverão contribuir com pelo menos US$ 4 bilhões com um fundo da ONU (Organização das Nações Unidas) destinado a lidar com as mudanças climáticas.
O anúncio feito pelos governos do norte-americano Barack Obama e do japonês Shinzo Abe, dois dias após acordo histórico entre EUA e China prevendo redução na emissão de gases poluentes, coloca mais pressão para que outras economias do planeta adotem postura ativa na questão ambiental.
Agência Efe
Manifestantes protestam por maior ação global contra danos ambientais m Brisbane, Austrália, cidade-sede da reunião do G20
“É nosso intereses nacional ajudar países vulneráveis a construir resistência contra mudanças climáticas”, disse um alto funcionário do governo norte-americana, citado pela agência AFP.
Washington deverá contribuir com pelo menos US$ 3 bilhões, enquanto Tóquio sinalizou que destinará entre US$ 1 e 1,5 bilhão.
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Espera-se que o Reino Unido também contribua com o fundo das Nações Unidas aportando pelo menos US$ 1 bilhão nos próximos dois anos. Quantias similares são cobradas de países como França e Alemanha. A Holanda também anunciou que destinará US$ 125 bilhões à causa.
“Socialismo mascardo de ambientalismo”
Um dia antes do ínicio da cúpula do G20, grupo das principais economias mundiais desenvolvidas e em desenvolvimento, o anúncio do aporte no Fundo Verde para o Clima é visto como uma resposta à posição da Austrália, país que sedia o encontro deste final de semana.
O premiê australiano, Tonny Abbot, já disse anteriormente que seu governo não faria qualquer tipo de contribuição com o fundo climático das Nações Unidas. Abbott chegou a descrever a iniciatva como “socialismo mascardo de ambientalismo”.
O Fundo Verde para o Clima, apoiado pela ONU, foi criado em 2009 na Cúpula de Copenhague, destinado a enfrentar as consequências do aquecimento global. A intenção das Nações Unidas era que o fundo atingisse a marca de US$ 10 bilhões em contribuição até o final deste ano — com as recentes sinalizações de comprometimento, a arrecadação calculada atualmente está entre US$ 7 e 8 bilhões.
O montante será distribuído entre diversas frente de atuação, como incentivo a projetos para ajudar países pobres a reduzir a emissão de poluentes e lidar com os impactos do aquecimento global.