O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, condicionou a compra da dívida dos países europeus pelo banco do bloco ao pedido de empréstimo dos Estados ao Feef (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira).
Agência Efe
O presidente do Banco Central Europeu durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira
A compra da dívida pública estatal pelo BCE era um dos pedidos da Espanha, que vem pagando juros altíssimos no mercado financeiro. Segundo o país ibérico, a instituição financeira deveria comprar os títulos das dívidas dos Estados em crise em mercados secundários para que os juros caíssem e a pressão sobre os países diminuísse. O estatuto do banco o proíbe de comprar diretamente esses títulos.
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Entretanto, segundo Draghi, o BCE só agirá caso haja um pedido de empréstimo oficial ao Feef. A Espanha tem adiado a decisão de pedido de resgate porque o dinheiro é sempre condicionado a duras imposições econômicas e, por vezes, perda da soberania do país.
A Comissão Europeia já havia autorizado um empréstimo de até 100 bilhões de euros para sanear o sistema bancário espanhol, que vive uma crise de solvência após o estouro de uma bolha imobiliária no país.
Este novo pedido seria para sanear as contas das administrações públicas, tanto a central quanto as regionais. Na última semana, diversas comunidades autônomas da Espanha pediram ajuda ao Estado para poder pagar suas dívidas. Entre as regiões que pediram ajuda está a Catalunha, que possui o maior PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Nesta semana, a Catalunha afirmou que não pagaria os acordos que mantém com hospitais, escolas e entidades que cuidam de idosos e deficientes físicos e mentais. Muitas dessas instituições afirmaram que, por causa do calote, não pagariam seus funcionários. Algumas, inclusive, declararam que poderiam fechar se a ajuda pública não viesse.