O presidente tunisiano deposto, Zine el Abidine Ben Ali, foi sentenciado nesta segunda-feira (04/07) à revelia a 15 anos e seis meses de prisão por posse ilegal de armas e entorpecentes por um tribunal penal de primeira instância da Tunísia.
Esta é a segunda sentença contra o governante, quem em 14 de fevereiro fugiu para a Arábia Saudita, onde está desde então junto a sua família, e que foi condenado em 20 de junho a 35 anos de prisão por desvio de recursos públicos.
A advogada tunisiana Radhia Nasraoui afirmou à Agência Efe que Ben Ali terá de pagar 108 mil dinares tunisianos (52 mil euros).
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Ben Ali já foi condenado em 20 de junho no primeiro processo aberto contra ele a 35 anos de prisão por desvio de recursos públicos.
Os advogados de Ben Ali haviam solicitado ao juiz do tribunal no início da sessão desta segunda-feira o adiamento para preparar melhor a defesa e tentar convencer o deposto presidente a retornar à Tunísia.
O juiz se negou a adiar o início do julgamento, que deveria ter começado em 30 de junho, mas foi adiado pela greve de magistrados.
O deposto presidente, que governou a Tunísia durante 23 anos, até as revoltas populares de dezembro que o obrigaram a deixar o país, tem pendente responder a quase uma centena de acusações.
Entre estas estão a de homicídio, abuso de poder e complô contra a segurança do estado, que serão julgados por tribunais militares.
Nas revoltas populares que levaram à queda do regime de Ben Ali morreram 300 pessoas.
Além disso, reivindicaram sua presença os tribunais de inúmeras cidades do país.
As acusações que recaem sobre ele na justiça civil vão de corrupção à lavagem de dinheiro, passando pelo desvio de recursos e outros supostos delitos.
A mulher de Ben Ali, Leila, foi sentenciada junto de seu marido no primeiro processo contra a 35 anos de prisão e ao pagamento de 45 milhões de euros.
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