O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou por telefone neste sábado (15/05) com o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pela primeira vez desde que assumiu a Casa Branca, sobre os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza.
Pelo Twitter, o porta-voz da ANP Hussein Al-Sheikh disse que Abbas conversou com Biden sobre os “últimos desenvolvimentos” das hostilidades contra os palestinos.
A ligação veio horas depois de Israel ter bombardeado e destruído um edifício de 12 andares em Gaza que abrigava escritórios da agência Associated Press e da emissora Al Jazeera. Além disso, ataques israelenses atingiram um campo de refugiados na manhã de hoje e matou 10 pessoas, sendo oito crianças e duas mulheres.
A Casa Branca se pronunciou sobre os ataques israelenses contra o edifício em Gaza, afirmando que “a segurança dos meios de comunicação é uma responsabilidade essencial”.
Biden conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Na ligação, o premiê israelense disse ao democrata que seu governo “está fazendo de tudo para evitar ferir pessoas” que não estão envolvidas. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 145 palestinos já foram mortos pelos ataques, incluindo 41 crianças.
Em comunicado, Israel ainda disse que Netanyahu “atualizou Biden sobre os desenvolvimentos e ações do governo, incluindo os passos futuros, e agradeceu ao presidente pelo apoio dos Estados Unidos ao direito do Estado judeu de se defender”.
White House
Presidente dos EUA teve primeira conversa com Abbas desde que foi eleito
10 mil palestinos abandonaram suas casas
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta sexta-feira (14/05) que cerca de 10 mil palestinos foram forçados a abandonar suas casas em Gaza por conta dos ataques de Israel.
Em comunicado, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas afirmou que mais de 200 casas e 24 escolas foram destruídas ou danificadas na região durante os dias de ataques de Israel.
A ONU ainda alertou para uma possível limitação do acesso dos moradores à água potável e alimentos, já que redes de energias, tubulação e fontes de alimentação estão sendo cortadas como resultado das ações militares.
A coordenadora da ONU na Palestina, Lynn Hastings, destacou a “crescente crise humanitária em Gaza” e pediu que autoridades não privem a população local de auxílio.