As bolsas de valores da Ásia encerraram a semana em alta antes da divulgação dos dados de emprego dos Estados Unidos hoje (4). O movimento ocorreu apesar de queda em ações de bancos e do setor imobiliário, pressionadas por preocupações sobre o ritmo de recuperação econômica dos EUA.
Investidores realizaram lucros sobre o ouro depois que o metal bateu recorde e futuros do petróleo recuaram pela terceira sessão consecutiva depois de números decepcionantes do setor de serviços dos EUA.
As ações na Ásia se recuperaram esta semana depois de perdas acentuadas sofridas na semana anterior quando preocupações sobre a dívida de Dubai fizeram os mercados da região fecharem nos menores patamares em meses.
Tóquio fechou em alta de 0,45%, superando os 10.000 pontos pela primeira vez em cinco semanas. O indicador acumulou ganho de 10,4% nesta semana, o maior ganho semanal em um ano, impulsionada por cobertura de posições de investidores internacionais e medidas adicionais adotadas pelo banco central para apoiar a economia.
“Para novos ganhos os investidores precisam ver com mais clareza as políticas econômicas do Japão, junto com os dados de emprego dos Estados Unidos que podem ainda gerar surpresas no mercado”, disse à Reuters Kenichi Hirano, da Tachibana Securities.
Seul avançou 0,60%, a 1.624 pontos, apoiada em dados econômicos positivos e ganhos nos setores de estaleiros e de tecnologia. A economia do país cresceu mais rápido que o esperado no terceiro trimestre o que ajudou a bolsa local a acumular alta de 6,6% na semana, a melhor performance desde março.
Apesar disso, o índice MSCI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão operava em queda de 0,59% às 7h47 (horário de Brasília). Mas o indicador ainda sustenta de duas vezes desde atingir mínima recorde em março.
Xangai subiu 1,61%, Hong Kong recuou 0,25% e Taiwan sofreu perda de 0,44%. Cingapura registrou baixa de 0,61% e Sydney se desvalorizou em 1,52%.
Europa
As principais bolsas europeias operavam em baixa hoje, acompanhando a queda no mercado norte-americano, com o setor bancário se destacando entre as devalorizações.
Às 8h03 (horário de Brasília), o índice FTSEurofirst 300 exibia queda de 0,38%, a 1.010,34 pontos. Os bancos eram destaque de perdas. Santander , Credit Suisse , Deutsche Bank , Sociéte Générale perdiam entre 0,3% e 2,4%.
Contudo, o índice europeu ainda acumula alta de 56% ante baixa recorde registrada em nove de março, conforme os investidores se tornam mais confiantes a respeito da recuperação econômica global.
“Os números dos Estados Unidos de ontem afetaram a confiança”, afirmou Justin Urquhart-Stewart, diretor de investimento na Seven Investment Management, em Londres. “E há um sentimento geral de que os dados de emprego serão fracos. Ninguém quer tomar posições nesse mercado. O nervosismo aumentou desde Dubai”, acrescentou.
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