O fluxo internacional de investimentos estrangeiros diretos (IED) somou 1,122 trilhão de dólares em 2010, antes 1,114 trilhão de dólares no ano anterior, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (17/01) pela Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento). Enquanto a entrada de capitais nos países desenvolvidos caiu 7%, houve crescimento de 9,7% no ingresso de recursos nas nações em desenvolvimento.
O dinheiro que entrou nos países emergentes e nas economias em transição – as que pertenciam ao antigo bloco soviético – responderam por mais de 50% da movimentação mundial de IED. De acordo com a Unctad, houve forte retomada dos investimentos na América Latina e na Ásia emergente.
Na América Latina e Caribe, o Brasil foi o principal destino de recursos pelo quarto ano consecutivo, com um fluxo de 30,2 bilhões de dólares, um aumento de 16,3% em comparação com 2009. O valor, no entanto, ainda é bastante inferior ao recorde registrado em 2008, de mais de 45 bilhões de dólares.
O desempenho na América Latina, que recebeu 141,1 bilhões de dólaresno total, foi impulsionado majoritariamente por operações de fusões e aquisições de empresas. Os setores com maior movimentação foram os de petróleo e gás, mineração, alimentos e bebidas.
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De acordo com a Unctad, o interesse na região é explicado pelo crescimento econômico forte, a “robusta” demanda doméstica e externa, os bons fundamentos macroeconômicos e o preço alto das commodities.
Na Ásia, a China teve uma performance considerada “emblemática” pela Unctad, com um fluxo de 101 bilhões de dólares, 6,3% a mais do que em 2009. Foi o segundo país que mais recebeu investimentos, depois dos Estados Unidos, que registraram a entrada de 186,1 bilhões de dólares, um aumento de 43,3% na mesma comparação. O desempenho norte-americano, segundo a organização, foi resultado do reinvestimento dos lucros de empresas com filiais no exterior.
Houve redução na entrada de investimentos no Oriente Médio e na África. O fluxo de recursos no Egito, porém, aumentou 1,7% e ficou em 6,8 bilhões de dólares. Foi o maior volume do continente africano.
Para 2011, a Unctad espera um fluxo mundial de IED de 1,3 trilhão de dólares a 1,5 trilhão de dólares, ainda bem abaixo do recorde de 2,1 trilhões de dólares registrado em 2007.
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