A Comissão Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional) supervisionarão o cumprimento dos compromissos assumidos pela Itália na última cúpula da zona do euro, realizada na semana passada, em particular o ajuste de suas contas públicas, indicaram fontes europeias nesta sexta-feira (04/11).
As próprias autoridades italianas aceitaram a medida para, desta forma, tentar “aumentar a credibilidade” em sua ação, precisaram as fontes. Roma teria constatado “uma reação dos mercados” ao começar a contemplar o risco de um contágio da crise grega a um país que por sua dimensão tem um caráter sistêmico.
Os europeus lembraram que, desde a última cúpula europeia, em 26 e 27 de outubro, a Itália anunciou uma série de medidas, e que agora se espera sua aplicação “com determinação”.
A contribuição do FMI para o “muro” que a zona do euro levanta para evitar o contágio ainda é uma questão aberta, pendente entre outras de discussões técnicas que serão abordadas nesta sexta-feira durante a segunda e última jornada da cúpula do G20.
Na noite de ontem, a crise da dívida na eurozona foi tratada em reunião que teve a participação dos líderes dos países da moeda única presentes em Cannes (Alemanha, França, Espanha e Itália), a diretora-executiva do FMI, Christine Lagarde, e também o presidente norte-americano, Barack Obama.
Ainda que reconhecendo que se trata de um problema europeu, os Estados Unidos indicaram que querem ajudar, sobretudo devido ao risco de contágio.
Está convocada para a próxima segunda-feira uma reunião do Eurogrupo onde será avaliada a montagem do reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), cuja preparação efetiva será acelerada pelas turbulências geradas depois que na última segunda-feira o primeiro-ministro grego, Giorgo Papandreou, anunciou a intenção de convocar um referendo sobre seu resgate.
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