A guineense Nafissatou Diallo, camareira do hotel Sofitel que acusou o ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, por assalto sexual e tentativa de estupro, apresentou nesta segunda-feira à noite (08/08) um processo civil contra o político e economista francês perante um tribunal de Nova York. As informações são da emissora CNN.
“A senhora Diallo apresenta este processo civil para fazer valer seus direitos, reafirmar sua dignidade como mulher e responsabilizar Dominique Strauss-Kahn pelo ato deplorável que cometeu”, assegura a defesa de Diallo perante a Corte do Bronx.
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No documento, a acusadora garante que DSK, sigla pela qual o ex-dirigente do FMI é conhecido pela imprensa francesa, atacou sexualmente Diallo de forma “sádica, proposital, brutal e violenta”, e que, nesse processo, “humilhou, degradou, violou e roubou sua dignidade como mulher”, segundo detalhou o canal de televisão.
Diallo, que em 28 de julho compareceu pela primeira vez perante a imprensa para defender sua reputação, pretende com este processo mostrar para sua filha que “nenhum homem, não importa quanto dinheiro, poder ou influência tiver, pode violar uma mulher”.
Com esta nova ação judicial, a camareira pretende dar um passo à frente “por todas as mulheres que foram violadas e têm muito medo para denunciar os fatos”.
Os advogados acrescentam que o ataque de DSK causou a sua cliente danos “físicos e psicológicos”, a prejudicou de forma “permanente” sua reputação pessoal e profissional, e provocou um quadro de angústia mental severa e estresse emocional “que talvez nunca chegue a recuperar-se completamente”.
Nesse sentido, o processo reivindica um julgamento no qual um júri determine as compensações econômicas que Diallo merece receber por tudo o que diz ter passado desde maio.
Os advogados de Strauss-Kahn emitiram nesta segunda-feira um breve comunicado no qual asseguraram que “sempre” souberam que “a motivação do senhor Thompson e de sua cliente foi fazer dinheiro”, como demonstra segundo sua opinião o passo dado nesta segunda-feira pela acusadora.
Os advogados, William Taylor e Benjamin Brafman, asseguraram que a apresentação deste processo civil “acaba com qualquer dúvida que pudesse ter a respeito”, e acrescentaram que seu cliente se defenderá dela “vigorosamente”.
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