O candidato opositor à presidência da Armênia, Paruir Airikián, ferido ontem em um atentado, anunciou neste sábado (02/02) que solicitará ao Tribunal Constitucional o adiamento em duas semanas das eleições previstas para o próximo dia 18 de fevereiro.
Airikián pede o adiamento devido ao “impedimento insuperável” que representa o ferimento de bala que recebeu no ombro para continuar com a campanha eleitoral faltando duas semanas para os pleitos, revelou à Agência Efe a porta-voz do candidato, Maya Avagián.
“Até agora não recebemos instruções de Airikián relativas à data para apresentar o pedido ao Constitucional, mas não descarto que façamos isso hoje”, explicou Maya.
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Por sua vez, o presidente do Tribunal, Garik Arutunián, que visitou ontem (01/02) o candidato ferido no hospital, indicou que a corte terá um máximo de cinco dias para resolver o pedido após recebê-lo.
A Constituição da antiga república soviética permite que as eleições presidenciais possam ser adiadas duas semanas no caso de um dos candidatos estar impedido para continuar a campanha eleitoral.
Além disso, a Carta Magna também estabelece que, caso persista o impedimento, sejam convocadas novas eleições presidenciais.
Airikián, de 63 anos, foi internado na sexta-feira (01/02) em um hospital de Yerevan após ser baleado por um desconhecido nas imediações de seu domicílio. O político opositor foi submetido a uma operação e os médicos declararam que sua vida não corre perigo.
Arikián, que passou anos em prisões soviéticas, se candidata pela quarta vez à chefia do Estado e, antes do atentado, as pesquisas indicavam que contava com pouco mais de 1% das intenções de voto. Todas as pesquisas assinalam que o atual presidente armênio e candidato à reeleição, Serge Sargsián, vencerá seus sete rivais com maioria absoluta.