De cada dez investigações sobre ataques de israelenses a palestinos, nove são arquivadas sem que se abra processo jurídico algum. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (16/02) pela organização israelense de direitos humanos Yesh Din.
O grupo se baseia em 642 casos investigados nos últimos anos pela polícia da Judeia e Samaria. Em comunicado, a ONG afirma que a maioria das investigações foi encerrada por razões que sugerem que a própria polícia fracassou.
A percentagem de casos arquivados é excepcionalmente alta no que diz respeito a crimes de violência ou dano a propriedades de palestinos.
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Dos casos de violência, 78% foram arquivados, enquanto nos referentes a danos a propriedades de palestinos, 93% não foram adiante.
Estes dados indicam que o Estado de Israel não respeita plenamente suas obrigações de fazer cumprir a lei quando há israelenses envolvidos em crimes contra cidadãos palestinos nos territórios sob sua ocupação, ressalta o documento divulgado pela ONG israelense.
“Só uma parte destes casos termina com atas de acusação, enquanto a maioria é arquivada. Isto significa que são poucas as denúncias interpostas por palestinos em casos de violência e danos a suas propriedades por israelenses que resultam em processos jurídicos”, afirma no comunicado um responsável do departamento de pesquisa da Yesh Din.
Desde 2005 a organização mantém uma base de dados de casos em que cidadãos israelenses estão envolvidos em atos de violência, furto ou dano a propriedades de civis palestinos desarmados.
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