O chanceler do Paraguai, Héctor Lacognata, minimizou nesta terça-feira (27/7) as declarações do candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, segundo quem o Brasil faz “filantropia com Paraguai e Bolívia”.
Lacognata disse à emissora de rádio paraguaia Ñanduti que as declarações de Serra, feitas em uma reunião na segunda-feira (27/7) com empresários em São Paulo, são vistas pelo governo paraguaio apenas como “discurso de campanha”.
“Nas campanhas eleitorais, buscam-se os discursos que consigam concentrar maior quantidade de votos. Obviamente o de Serra obedece a essa linha”, ressaltou.
Efe
Para Lacognata, que se reuniu com o chanceler venezulano Nicolás Maduro, as críticas de Serra são “discursos de campanha“
O candidato brasileiro disse que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva está “fazendo filantropia com o Paraguai e Bolívia”, referindo-se aos lucros cedidos ao Paraguai na exploração da hidrelétrica de Itaipu e aos problemas que passam as empresas brasileiras na Bolívia.
“Nós continuamos muito firmemente em nosso cronograma de trabalho em relação a Itaipu. Vamos avançando de acordo com os tempos que tínhamos estimados”, afirmou Lacognata.
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Os lucros estipulados em favor do Paraguai em Itaipu, eixo na campanha eleitoral do chefe de Estado paraguaio, Fernando Lugo, serão repassados nesta sexta-feira (30/7) durante a visita que fará o presidente Lula ao Paraguai.
O ato entre Lula e Lugo ocorrerá em Villa Hayes, 60 quilômetros ao noroeste de Assunção, onde os dois governantes iniciarão as obras de um cabo elétrico de 500 quilowatts entre a usina de Itaipu e Assunção.
Essa obra faz parte de um acordo bilateral assinado pelos dois chefes de Estado em 25 de julho de 2009 em Assunção, pelo qual o Brasil se comprometeu a ceder maiores lucros ao Paraguai na exploração conjunta da hidrelétrica. Alguns pontos do acordo ainda estão pendentes de aprovação no Congresso brasileiro.
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