O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou neste sábado que os chanceleres da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, María Ángela Holguín, se reunirão hoje (8/8) em Bogotá para começar a recompor as relações bilaterais.
Chávez adiantou que nessa reunião é possível que se acerte um encontro entre ele e o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, nos próximos três ou quatro dias e acrescentou que se Santos não puder ir à Venezuela por causa dos afazeres próprios da posse, ele está disposto a ir a Bogotá.
“Estou disposto a virar a página e olhar para o futuro, e espero que possamos começar a reconstruir o que [o ex-presidente colombiano Álvaro] Uribe pulverizou: a confiança”, disse Chávez, que avaliou positivamente o discurso pronunciado por Santos ao tomar posse do cargo.
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O novo presidente colombiano, que tomou posse ontem, anunciou em discurso sua disposição em restabelecer as relações com a Venezuela e com o Equador, sem a participação de eventuais mediadores. A Colômbia está disposta “a reconstruir as relações com Venezuela e Equador, e a restabelecer a confiança, privilegiando a diplomacia e a prudência”, declarou Santos ao término de seu primeiro discurso como novo presidente.
“A palavra guerra não faz parte de meu dicionário (…). Queremos viver em paz com todos os vizinhos, os respeitaremos para que nos respeitem”, continuou o mandatário eleito.
Pagar para ver
Apesar da recepção propícia das palavras de Santos, Chávez se mostrou cauteloso e disse que, em todo caso, “perante os ditos deve-se esperar os fatos”.
Ele fez uma advertência para que não haja maus entendidos e disse que a recomposição das relações passa por um “respeito total” à Venezuela.
O presidente venezuelano explicou que consideraria desrespeitosas denúncias como as que se repetiram durante o governo do ex-presidente Uribe, a quem qualificou de “lacaio do império”.
“Hoje [ontem] o lacaio do império entregou o governo, aquele que durante oito anos levou a Colômbia por caminhos de sangue, de guerra e de morte, e destroçou as relações internacionais, o direito internacional, a soberania dos povos e o respeito entre os governos. Vou repetir a esse ex-presidente o mesmo que lhe disse há poucos meses em reunião no México: Vai embora para o inferno!”, concluiu Chávez.
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*Com agências
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