Atualizada às 14:58 de 12/09/2016
Chelsea Manning, a informante do Wikileaks, iniciou na sexta-feira (09/09) uma greve de fome na prisão militar onde cumpre uma pena de 35 anos, para reivindicar ao governo dos Estados Unidos que lhe proporcione remédios adequados para seu processo de transição de gênero.
Manning, de 28 anos, revelou que se identifica com o gênero feminino após ser condenada em 2013 pelo vazamento de documentos secretos americanos ao portal Wikileaks três anos antes. Há dois meses, em julho, a ex-soldado Manning foi internada em um centro hospitalar após uma tentativa de suicídio que seus advogados vincularam à falta de tratamento.
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“Preciso de ajuda. Precisava de ajuda no começo deste ano. Me levaram ao suicídio pela falta de cuidado que desesperadamente necessitei por causa de minha disforia de gênero”, disse Manning, em comunicado divulgado por sua defesa.
A partir de agora, Manning não só se negará a comer, mas também a cortar o cabelo e a seguir as regras ou normas da prisão, além de descumprir as ordens que receber. “Já não estou pedindo, agora exijo”, acrescentou, ao assegurar que está disposta a morrer.
O vazamento realizado por Manning, analista de segurança do Exército no Iraque, expôs centenas de milhares de telegramas diplomáticos, documentos sobre a prisão de Guantánamo e das guerras do Iraque e do Afeganistão, publicados integralmente pelo Wikileaks.
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Após tentar suicídio, Manning faz greve de fome para conseguir remédios de transição de gênero