O chefe da CIA (sigla em inglês para Agência Central de Inteligência), John Brennan, informou ao comitê de inteligência do Senado norte-americano nesta quinta-feira (16/06) que não foi encontrada nenhuma relação direta entre o atirador responsável pela morte de 49 pessoas na boate LGBT Pulse, em Orlando, e o grupo extremista Estado Islâmico.
A agência norte-americana realizou uma investigação de quatro dias, em cooperação com o FBI, antes de concluir que Omar Mateen, autor do ataque, foi um atirador “solitário” e não foi “dirigido” pelo Estado Islâmico, apesar de ter ligado para o número de emergência nacional dos EUA, 911, e jurado aliança ao grupo antes do ataque, no dia 12 de junho.
Agência Efe
Na cidade de Rostck, Alemanha, bandeiras símbolo da comunidade LGBT foram hasteadas em homenagem às vítimas de Orlando
“[A CIA] não foi capaz de encontrar nenhuma relação direta entre Omar Mateen e qualquer organização terrorista estrangeira”, disse Brennan, que não descartou a possibilidade de ataques de fato organizados pelo EI ao país.
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Brennan também aproveitou a ocasião para pressionar o Senado a barrar um projeto de lei que visa impedir as agências de segurança norte-americanas de acessar os dados de comunicação da população sem mandatos e de compelir empresas de comunicação a enfraquecer a criptografia de seus serviços.
O FBI já havia dito na segunda-feira (13/06) que não havia sinais de que Mateen estivesse relacionado a grupos extremistas estrangeiros. “Até o momento, não vemos nenhuma indicação de que isso tenha sido planejado fora dos EUA e não vemos nenhuma indicação de que ele tenha sido membro de nenhuma rede [extremista]”, disse à imprensa na ocasião o diretor do FBI, James Comey.