Um grupo de cem cidadãos da ilha italiana de Lampedusa bloqueou o atraque de uma embarcação da Capitania dos Portos com 116 imigrantes socorridos em alto-mar, informaram à Agência Efe fontes da Guarda Litorânea.
A imprensa local informou que os manifestantes bloqueiam o acesso ao porto de outras quatro embarcações da guarda costeira, com 250 pessoas a bordo no total.
Cada vez que a embarcação da Capitania se aproxima do ponto de atraque, os manifestantes ameaçam se jogar na água para impedir seu acesso.
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Entre os que protestam pelo desembarque de imigrantes na ilha está o ex-assessor da prefeitura, Antonio Pappalardo, contrário à chegada e permanência de novos refugiados africanos, que já somam 3 mil pessoas em um centro de amparada com capacidade para pouco mais de 800.
Segundo informa a imprensa local, um médico conseguiu subir a bordo para comprovar o estado de saúde dos ocupantes e permitiu o desembarque de mulheres, crianças e pessoas que não se encontravam em boas condições de saúde.
Enquanto isso, a guarda litorânea recuperou nesta sexta-feira os corpos, em avançado estado de decomposição, de duas pessoas que teriam morrido ao supostamente terem tentando chegar às costas italianas nos últimos dias, assegura a imprensa local.
Os corpos foram recuperados na ilha de Lampione, no arquipélago da Pelágias, ao qual também pertence Lampedusa, depois que um grupo de pescadores os encontrou.
O prefeito de Lampedusa Bernardino de Rubeis alertou da falta de água potável na região.
“Temos água suficiente só até esta noite e depois não terá nem para os residentes”, disse Rubeis em declarações publicadas pela imprensa local.
Além disso, nesta sexta-feira foram transferidos os primeiros imigrantes ilegais que solicitam o asilo político à chamada “aldeia de solidariedade” da localidade siciliana de Mineo, na província de Catânia, um antigo complexo residencial militar que o governo da Itália adaptou para amparar imigrantes.
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