O candidato derrotado do Partido Liberal às eleições presidenciais colombianas, Rafael Pardo, anunciou que não fará “acordos nem com Juan Manuel Santos nem com Antanas Mockus” para o segundo turno do pleito, marcado para o dia 20 de junho.
No entanto, Pardo, que ficou na sexta colocação com 4,38% dos votos, se reuniu ontem (02/6) com Santos e se encontrará com Mockus nos próximos dias.
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Após a reunião desta quarta-feira, o liberal disse que não seria “coerente respaldar um candidato cujo compromisso é a continuidade de todas as políticas” de Álvaro Uribe, já que o PL se manteve na oposição nos últimos oito anos. Ainda assim, Pardo, que faz parte do partido do antecessor de Uribe, Andrés Pastrana (1998-2002), concordou em “avançar as conversações” com os governistas.
Santos, que venceu o pleito do último domingo com 46,56% das preferências, por sua vez, ressaltou que “há programas e propostas do Partido Liberal que são interessantes”, mas confirmou que essa força política deixará seus eleitores em “liberdade”.
Conservadores
Já o Partido Conservador Colombiano (PCC), cuja candidata, a ex-chanceler Noemí Sanín, ficou em quinto lugar com 6,14% dos votos, anunciou apoio ao governista, que fez parte da atual gestão como ministro da Defesa.
Uribe, aliás, se mostrou satisfeito com a formação de uma “coalizão” em torno da candidatura de Santos e ainda convidou líderes do Cambio Radical para comparecerem à sede do governo. Esse convite foi interpretado como uma tentativa de atrair os eleitores que votaram em Germán Vargas Lleras, que ficou em terceiro lugar com 10,13%.
Após o pleito de domingo, o ex-prefeito de Bogotá Antanas Mockus, que conquistou 21,49% dos votos, declarou que não pretendia realizar “alianças tradicionais”. Desde então, o representante do opositor Partido Verde tem concentrado seus esforços nos cerca de 15 milhões de colombianos que se abstiveram no primeiro turno.
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