Com aval da Corte Constitucional, o presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou na segunda-feira (18/07) que o plebiscito que referendará o acordo de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas) será convocado após a assinatura do acordo final com o grupo.
Em pronunciamento, Santos pediu que a população vote pela aprovação quando o referendo for realizado, afirmando que “a paz é um propósito e um objetivo nacional, de todos os colombianos sem exceção”.
Agência Efe
Em pronunciamento, presidente Juan Manuel Santos afirmou que plebiscito será convocado após assinatura de acordo final
“Em nosso país, o voto é um direito, assim como o é não votar. Respeito profundamente este direito, mas há momentos na vida e nas democracias em que a indiferença não pode ser a opção. Este é um deles. Seu direito ao voto será mais importante do que nunca”, disse o mandatário em referência à possibilidade de o ex-presidente, senador e adversário político Álvaro Uribe, contrário ao acordo de paz, realizar uma campanha pela abstenção no referendo.
Hay momentos en las democracias en los que la indiferencia NO es una opción. Este es uno. Su derecho al voto será más importante que nunca.
— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) 19 de julho de 2016
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“Esta é uma oportunidade única para mudar o rumo de nossa nação — em benefício dos nossos filhos — e de dirigi-la para um destino de paz, com mais igualdade, mais oportunidades e melhor educação”, declarou.
Na segunda, a Corte Constitucional aprovou a realização do plebiscito, por sete votos a favor e dois contra. A instituição determinou, porém, que o resultado do referendo só será aceito se pelo menos 13% do censo eleitoral for às urnas. Isso quer dizer que ao menos 4,5 milhões de pessoas precisam votar para que o resultado, aceitando ou rejeitando o acordo de paz, seja acatado pelo governo colombiano e pelas FARC — que já se comprometeram a aceitar o que a população decidir.
A assinatura do acordo de paz entre a Colômbia e as FARC está em sua fase final. Em junho foi assinado, em Cuba, o quinto ponto — e o mais espinhoso — de uma agenda de seis pontos que encerrou o conflito armado entre ambos.
As conversas entre o governo da Colômbia e as FARC tiveram início oficialmente em 19 de novembro de 2012, com o objetivo de estabelecer uma paz “duradoura e estável” no país.