Um tribunal colombiano condenou na quarta-feira (06/07) oito militares a 60 anos de prisão cada um, pelas mortes de quatro camponeses identificados de propósito e de má-fé como guerrilheiros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Esta é a mais recente condenação no escândalo conhecido como “falsos positivos”, que surgiu em 2008 durante o mandato do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010).
Os militares alegavam que suas vítimas – os agricultores Enrique Piedrahita, John Edison Galeano, Jesus Alberto Londono e Juan Darío Arroyave – eram guerrilheiros mortos em combate.
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Desde o início das denúncias, várias autoridades renunciaram ou foram processadas. Cerca de 1,4 mil casos semelhantes ainda estão sendo investigados
Autoridades colombianas investigam as denúncias de que as forças de segurança colombianas tenham matado milhares de civis e feito suas vítimas passar por guerrilheiros com a intenção de aumentar os “índices de sucesso” da ação policial no combate à guerrilha.
Em comunicado, o gabinete do procurador-geral da Colômbia informa que “as vítimas foram tiradas à força de suas casas, que não houve luta e que os homens eram fazendeiros, que foram alvejados a tiros pelas costas”.
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