O presidente da Comissão Suprema Eleitoral da Líbia, Nouri al Abar, disse neste sábado (07/07), em entrevista coletiva, que 101 colégios eleitorais dos 1.554 localizados em todo o país não abriram suas portas por razões técnicas ou de segurança.
Na primeira entrevista concedida por al Abar desde a abertura dos centros de votação, o presidente da comissão eleitoral informou que 94% dos colégios haviam começado a receber os eleitores normalmente a partir das 8h local (3h de Brasília). O presidente comentou que até as 12h (7h de Brasília) a participação havia sido “boa em alguns lugares e muito boa em outros, apesar das altas temperaturas”, mas não divulgou nenhum número.
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Por sua vez, o porta-voz do Ministério do Interior, o oficial Aref al Juya, reconheceu que a situação de segurança obrigou a suspensão da votação em alguns colégios eleitorais, mas ressaltou que as forças de segurança conseguiram restabelecer a calma em muitos desses lugares.
Os principais problemas foram registrados no leste do país, onde desde março numerosas vozes convocam ao estabelecimento de uma Líbia federal, composta por uma província ocidental, com Trípoli como capital, outra oriental, com Benghazi como principal centro urbano, e uma meridional, com a cidade de Sebha à frente.
Além disso, muitas pessoas nessa região denunciaram uma repartição desigual das 200 cadeiras do Conselho Nacional Geral, e sustentam que Trípoli sai injustamente beneficiada com 100 deputados, contra 60 de Benghazi e 40 de Sebha.
Cerca de 2,8 milhões de líbios foram convocados neste sábado às primeiras eleições realizadas no país desde 1964, para a escolha do substituto do ditador Muammar Kadafi, morto em 20 de outubro do ano passado.