A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) elevou hoje suas previsões de crescimento para 2010 na zona do euro e da UE para 1,7% e 1,8% respectivamente (contra 0,9% e 1% estimados anteriormente).
O Executivo comunitário argumentou a “notável revisão para cima” e “o crescimento particularmente forte vivido no segundo trimestre do ano”, especialmente na Alemanha, “alimentado por uma demanda interna que não estava prevista”.
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Tudo isto permite ao comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, assegurar que “a economia europeia está claramente no caminho de recuperação, de uma maneira mais consolidada do que o previsto no primeiro trimestre”. Além disso, “a recuperação da demanda interna é um bom presságio para o mercado do emprego”.
O Executivo comunitário avisa que se mantêm algumas “incertezas” no horizonte, mas descartou uma nova recessão.
A entidade alertou para uma série de riscos que continuam ameaçando a recuperação, como uma demanda externa menor do que esperado, novas tensões sobre os mercados financeiros e o efeito sobre o crescimento dos programas de saneamento fiscal empreendidos pelos países.
Neste sentido, Rehn garantiu que a salvaguarda da estabilidade financeira e os programas de saneamento das finanças públicas devem seguir sendo as prioridades dos 27, complementadas com o início das reformas estruturais para “melhorar o potencial de crescimento” e aumentar o emprego.
O Executivo comunitário alertou hoje sobre a “desigualdade” refletida nas previsões entre os países, que refletem “as diferenças entre as estruturas de produção, a amplitude dos desafios de adaptação e o reequilibrio contínuo no seio da UE e a zona do euro”.
Espanha será a única das grandes economias que continuará em recessão em 2010, embora a Comissão Europeia tenha melhorado sua estimativa econômica já que prevê redução do PIB de 0,3%, frente à queda de 0,4% na anterior previsão.
O PIB da Alemanha e da Polônia aumentará em 3,4% nos dois países, contra 1,2% e 2,7% anteriormente previstos, respectivamente.
A Comissão Europeia ampliou as perspectivas de crescimento para os demais países e prevê que a economia da Holanda se expandirá 1,9%; a da França, 1,6%; a da Itália 1,1% e a do Reino Unido 1,7%.
Com relação à inflação, o outro indicador incluído no relatório, as previsões permanecem estáveis para 2010, em 1,8% para a UE e em 1,4% para a zona do euro.
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