Autoridades venezuelanas anunciaram que a ex-secretária e companheira do ex-presidente Carlos Andrés Pérez (1974-1979/1989-1993), Cecilia Matos, “será detida” caso entre no país para assistir ao funeral do ex-mandatário por conta da existência de uma ordem de detenção contra ela.
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A promotora-geral Luisa Ortega Díaz afirmou à emissora estatal Venezolana de Televisión que os oficiais “imediatamente devem detê-la. Independentemente da dor, a justiça deve ser cumprida”.
Díaz recordou que em 30 de setembro de 2009, a Venezuela solicitou à Interpol a prisão do ex-presidente por conta de um suposto envolvimento em atos de corrupção.
Peréz ainda era acusado de ser responsável pelas 71 mortes causadas em consequência da rebelião popular conhecida como “El Caracazo”, que ocorreu em 27 de fevereiro de 1989.
A promotora, no entanto, destacou que “nunca houve resposta” à solicitação venezuelana e que a morte do ex-mandatário “extingue toda ação penal e, portanto, não pode haver punição”.
Peréz morreu no em 25 de dezembro de 2010, aos 88 anos, depois de sofrer uma parada cardíaca em Miami, onde viveu durante anos com Matos, sua companheira de mais de três décadas.
Com sua morte, iniciou-se uma batalha judicial entre Matos e a viúva legal do ex-presidente, Blanca Rodríguez, segundo a qual ele gostaria de ser enterrado na Venezuela.
A transferência à Caracas, que está sendo realizada nesta terça-feira (04/10), colocará fim ao processo de disputa familiar sobre o lugar definitivo de seu enterro.
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