A companhia britânica de vigilância, suspeita de ter colocado um microfone escondido na embaixada do Equador em Londres, disse nesta quinta-feira (04/07) que não foi responsável pelo ato de espionagem.
Por meio de um comunicado, o executivo-chefe da Surveillance Group Limited, Timothy Young, disse que é “completamente falsa” esta afirmação.
O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, informou ontem (03) em Quito sobre a descoberta do microfone. O chanceler revelou ainda que de acordo com as primeiras investigações, a companhia britânica, classificada como uma das maiores empresas de vigilância secreta do Reino Unido, era suspeita. Julian Assange, fundador do Wikileaks, vive em asilo político no local.
“Escutamos nesta manhã uma acusação, cuja fonte é aparentemente Ricardo Patiño, o ministro das Relações Exteriores equatoriano, sugerindo que nós colocamos um microfone na embaixada do Equador”, afirmou a nota.
“Isto é completamente falso. A Surveillance Group não está nem esteve envolvida em nenhuma atividade desta natureza. Nenhum membro do governo equatoriano nos contactou e nossa primeira notificação sobre este incidente foi por meio da imprensa nesta manhã. Esta é uma afirmação totalmente falsa”, acrescentou Young.
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Em sua página eletrônica, a empresa afirma ser especialista em tarefas de vigilância para ajudar as forças da ordem e as autoridades locais em relação a assuntos como comportamento antissocial, drogas, prostituição e violência.
Segundo o chanceler equatoriano, o dispositivo foi achado em 14 de junho no gabinete da embaixadora de seu país em Londres, Ana Albán, dois dias antes de uma visita de Patinõ à capital britânica, onde se reuniu com seu colega britânico, William Hague, e com Julian Assange.
Quito ofereceu ao fundador do Wikileaks asilo político mas Londres se nega a conceder um salvo-conduto para que ele possa abandonar o país sem ser detido, já que é requerido pelas autoridades suecas em relação com supostos crimes sexuais.