O Exército tailandês abriu fogo hoje (13) contra opositores do governo que protestavam no centro da capital Bangcoc. Cerca de 400 soldados usaram gás lacrimogêneo e fizeram disparos para o ar para dispersar milhares de ativistas, que responderam também com tiros e tentaram jogar um carro em chamas contra os militares. Duas pessoas morreram e ao menos 90 pessoas ficaram feridas.
Ontem à noite, o governo tailandês levou suas tropas às ruas de Bangcoc para fazer cumprir a medida de emergência decretada um dia depois que os protestos – que já duram uma semana – obrigaram a cancelar uma cúpula de líderes asiáticos em Pattaya, no sul da Tailândia.
Centenas de manifestantes, partidários do ex-premiê Thaksin Shinawatra – que fugiu da Tailândia em 2006 após denúncias de corrupção –, fazem protestos há quase uma semana pedindo a renúncia do atual premiê, Abhisit Vejjajiva, eleito pelo Parlamento em dezembro do ano passado.
Os opositores dizem que Vejjajiva não tem legalidade para governar o país.
Um dos porta-vozes do movimento que defende a deposição do governo, Jakrapob Penkair, disse à BBC que uma pessoa foi morta nos confrontos. O governo não confirmou a informação.
Um médico tailandês disse à BBC que cerca 74 pessoas foram levadas ao hospital após o episódio. “Algumas haviam sido feridas a bala”, contou o médico.
Exilado
Em entrevista à BBC, Thaksin Shinawatra negou qualquer envolvimento na organização dos protestos, mas disse que está oferecendo seu “apoio moral” aos opositores de Vejjajiva.
Falando de Dubai, o ex-premiê disse que as tropas do governo estão “suprimindo as manifestações de forma brutal e escondendo evidências de várias mortes”. O governo nega.
Atualizado às 15h00
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