Ao menos 40 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos confrontos que explodiram na terça-feira (31/05) à noite na capital iemenita entre milicianos fiéis ao dirigente tribal Sadiq Abdullah al-Ahmar e as forças de segurança.
Funcionários de hospitais detalharam que os enfrentamentos continuam nesta quarta-feira (1º). A maioria das vítimas é de homens armados vinculados aos grupos tribais.
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As mortes ocorrem um dia depois de os milicianos retomarem o controle de um prédio do governo que haviam deixado no domingo, como parte de um acordo de cessar-fogo alcançado entre o presidente Ali Abdullah Saleh e o dirigente tribal, um dos homens fortes da oposição ao regime.
Fontes do hospital Militar de Sana revelaram que ao menos 13 policiais morreram e outros 22 ficaram feridos nos enfrentamentos, os mais violentos desde a explosão da crise entre os seguidores de Ahmar e o regime iemenita, no último dia 23 de maio.
Os necrotérios dos hospitais receberam os corpos de ao menos 23 milicianos de grupos tribais. Quatro civis morreram nos confrontos, que foram centrados no bairro onde fica o complexo residencial de Ahmar e sua família.
As fontes revelaram que o número de vítimas poderia aumentar devido ao fato de os confrontos terem atingido prédios pelos disparos de granadas de morteiros e mísseis.
Pessoas ligadas ao governo afirmaram que as milícias fiéis a Ahmar ocuparam na noite da véspera em um complexo judicial em um bairro ao noroeste de Sana, onde fica o escritório do procurador-geral.
Testemunhas comentaram que os combatentes armados assumiram o controle de um prédio residencial na rua 14 de outubro, próxima ao bairro onde fica o palácio presidencial.
Moradores do norte da capital afirmaram ter escutado até sete explosões na região onde fica a estrada que une Sana ao aeroporto. Não foi possível comprovar até agora a natureza e a origem de ditos explosões.
O conflito armado explodiu em 23 de maio depois que o presidente Ali Abdullah Saleh rejeitasse pela terceira vez assinar uma iniciativa apresentada pelo Conselho de Cooperação do Golfo, que inclui a transferência do poder ao vice-presidente e a convocação de novas eleições.
Além disso, na cidade meridional de Taizz, onde na véspera morreram três pessoas em confrontos entre opositores e as forças de segurança, a Polícia e o Exército dissolveram disparando para o ar e sem que o registro de vítimas.
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