A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira (15/09) que começou a operar novamente o reator nuclear de Yongbyon, a principal fonte de plutônio para fins militares do país. Segundo especialistas, o complexo inclui um reator de cinco megawatts capaz de produzir quase seis quilos de plutônio por ano, uma quantidade suficiente para uma bomba nuclear.
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Homem observa missil sul-coreano no Museu da Guerra em Seul – país criticou anúncio militar de vizinho
“Todas as instalações nucleares em Yongbyon, incluindo a usina de enriquecimento de urânio e o reator moderado por grafite de cinco megawatts, foram reorganizadas, modificadas e reajustadas e começaram a operar com normalidade”, anunciou a diretoria do AEI (Instituto de Energia Atômica), em nota citada pela agência oficial KCNA.
Situado a cerca de 100 quilômetros ao norte de Pyongyang, o complexo havia sido fechado em 2007 como parte de um acordo internacional de desarmamento, mas o governo de Kim Jong-un decidiu reformá-lo em 2013. De acordo com a agência norte-coreana, a reativação de reator nuclear tem objetivo duplo de “avançar ao mesmo tempo no progresso econômico do país e na construção de uma força nuclear avançada”.
Há tempos, Pyongyang alega a necessidade de desenvolver armas atômicas como método de dissuasão e de política de defesa diante do que considera uma “política extremamente hostil e das ameaças nucleares dos Estados Unidos”.
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Críticas
Após o anúncio, UE (União Europeia) e a Coreia do Sul criticaram, em declaração conjunta, o desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte durante uma cúpula bilateral em Seul.
“Condenamos com firmeza o contínuo desenvolvimento por parte da Coreia do Norte de seu programa nuclear e do de mísseis, incluindo os projetos de enriquecimento de urânio e de lançamento de projéteis balísticos”, afirmaram a presidente sul-coreana,Park Geun-hye, e o responsável do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Além disso, os dois líderes pediram a Pyongyang que “cesse todas as atividades relacionadas imediatamente, como requerem as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
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A presidente sul-coreana, Park Geun-hye posa junto ao presidente do Conselho da União Europeia, Donald Tusk