Nesta quarta-feira (14/08), as autoridades da Coreia do Sul e da Coreia do Norte chegaram a um acordo para retomar a atividade do complexo industrial conjunto de Kaesong, de acordo com informações da agência Yonhap.
Após seis encontros infrutíferos, os representantes dos dois países conseguiram fechar uma concordata de cinco pontos que permitirá a reabertura do complexo, fechado desde o início de abril, quando a Coreia do Norte retirou seus operários do complexo como parte de uma campanha de hostilidades contra a Coreia do Sul e os EUA.
Agência Efe
Autoridades coreanas firmam acordo nesta quarta-feira (14/08)
As reuniões anteriores fracassaram por conta da solicitação dos norte-coreanos de normalização incondicional da situação de Kaesong, enquanto a nação vizinha exigia garantias mais firmes para evitar uma nova paralisação das atividades do local, administrado conjuntamente entre os países. Desta forma, a reunião de hoje era considerada crítica, pois, no encontro anterior, a Coreia do Sul havia afirmado que esta poderia ser a “última oportunidade” para se firmar um contrato que solucionasse o impasse.
O acordo foi assinado por Kim Ki-woong, representante da Coreia do Sul, e pelo vice-diretor do Escritório Geral do distrito de Kaesong, Pak Chol-su, no Centro de Assistência Geral do complexo, situado em território norte-coreano. Além de se comprometerem a não fechá-lo novamente, as duas autoridades também acertaram a criação de uma comissão mista responsável por fiscalizar o funcionamento do parque industrial e por estabelecer as indenizações às empresas afetadas pelos problemas dos últimos meses.
NULL
NULL
O complexo de Kaesong está situado na zona comunista da fronteira militarizada entre as duas Coreias. É o único projeto conjunto dos dois países, no qual, há oito anos, 54 mil trabalhadores norte-coreanos fabricam produtos para 123 empresas do Sul.
Agência Efe
Complexo industrial de Kaesong, situado em território norte-coreano
Segundo analistas, no período em que as atividades do polígono foram suspensas, o governo norte-coreano deixou de receber milhões de dólares em impostos sobre os salários de seus empregados e as companhias do Sul tiveram prejuízos calculados em mais de US$ 900 milhões.
A previsão é que o complexo volte a operar plenamente depois que a comissão mista realizar uma visita de inspeção às instalações.
* Com informações das agências internacionais