Pelo menos 1.847 sequestros foram registrados no México durante 2010, sendo que em 136 deles as vítimas foram assassinadas por seus sequestradores, isso sem contar os raptos em massa e os homicídios contra imigrantes, como revelaram organizações civis do México.
José Antonio Ortega, presidente do Conselho Cidadão, manifestou que as estatísticas das ONGs se baseiam em dados periciais do Sistema Nacional de Segurança Pública e da Procuradoria Geral da República, onde está registrado que de 1971 a 2010, 1.253 pessoas foram mortas em sequestros.
Ortega reconheceu que estes números “sem precedentes” podem ser maiores já que os governos estaduais “rasuram os dados de homicídio doloso e falsificam ou registram parcialmente os números sobre casos de sequestro”.
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Em agosto foram baleadas 72 pessoas de origem centro e sulamericanas, em um rancho no estado de Tamaulipas, no norte do México. Acredita-se que esses imigrantes ilegais estivessem privados de sua liberdade sob domínio do cartel “Los Zetas”.
O sequestro massivo de estrangeiros se multiplicou no país, onde a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) estima que durante o segundo semestre de 2010 tenham sido sequestrados aproximadamente 10 mil imigrantes ilegais.
O Movimento Branco, que aglutina várias organizações civis, incluindo o Conselho Cidadão da Segurança Pública e da Justiça, destacou que a cifra de raptos é a maior na história do país.
Para eles, o número de seqüestros e reféns mortos “evidenciam de forma irrefutável o fracasso completo da estratégia do governo” contra esse tipo de crime. Durante os quatro anos de governo de Felipe Calderón, atual presidente mexicano, foram assassinadas por seus sequestradores 494 pessoas.
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