A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu hoje (18/5) para o novo primeiro-ministro britânico, David Cameron, retomar as negociações sobre a soberania das Ilhas Malvinas, território localizado no Atlântico Sul.
“Por favor, retomemos nossas negociações em relação à soberania das Ilhas Malvinas, tal qual impõe a resolução de 1965 das Nações Unidas e que ainda segue descumprida”, disse a mandatária na abertura da 6ª Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe, que está sendo realizada na capital espanhola, Madri.
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A imprensa argentina destacou que Cristina foi aplaudida após pronunciar estas palavras, às quais a chefe de Estado acrescentou que a retomada dos diálogos deve ocorrer “em exercício do multilateralismo que tanto necessitamos, na ordem política e econômica mundial”.
O conservador David Cameron assumiu o governo na semana passada, após Gordon Brown ter sido derrotado nas eleições locais e não conseguir formar uma coalizão no Parlamento.
Desde o início do ano, a reivindicação argentina à soberania do arquipélago ocupado pelos britânicos desde 1833 voltou às manchetes. O motivo principal para o recrudescimento do litígio foi o fato de Londres ter decidido começar a explorar petróleo e gás na região.
Em resposta, Buenos Aires firmou um decreto que determina às embarcações que transitarem pela área contestada ter uma autorização especial do governo.
Imigração
Durante seu discurso na cúpula de Madri, assistido por vários líderes mundiais, Cristina, que exerce a presidência temporária do Mercosul, também pediu que “sejam evitadas condutas discriminatórias” no âmbito da adoção de políticas contra a imigração.
Segundo ela, as nações latino-americanas veem “com muita preocupação o tratamento discriminatório dado em outros países, sobretudo nos mais desenvolvidos, em relação à imigração”.
A presidente observou ainda que o imigrante é visto como um “adversário, um inimigo” e que a Argentina tem sido “um exemplo” no acolhimento de cidadãos de outras nações, como demonstra o aumento da presença de europeus no país.
“Há pouco tempo, sancionamos a nova lei de migração que permite a regularização de mais de 700 mil estrangeiros com os mesmos direitos e responsabilidades que os cidadãos argentinos”, ressaltou a mandatária.
A 6ª Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe foi iniciada no último sábado e deve acabar amanhã. A cada dia são realizados fóruns bilaterais, mas hoje a reunião é ampliada e conta com a presença dos chefes de Estado e de Governo europeus e latino-americanos.
O objetivo do encontro é discutir temas mundiais, como a crise econômica, além de buscar acordos de cooperação. Segundo o primeiro-ministro espanhol e presidente do turno da União Europeia, José Luis Rodríguez Zapatero, o evento deve tornar os países “sócios globais para enfrentar os desafios”.
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