A viúva do cubano Wilmar Villar, que faleceu em 19 de janeiro após passar cinco meses preso, convocou uma entrevista coletiva esta semana para esclarecer a morte e a prisão do marido. Segundo Maritza Pelegrino, Villar não foi preso por motivos políticos.
A acusação havia sido feita por opositores do governo o presidente Raúl Castro e por organizações anticastristas sediadas nos Estados Unidos. Maritza esclareceu que seu marido foi condenado em novembro de 2011 pelos crimes de desacato, resistência à prisão e agressão.
Os delitos aconteceram em julho do mesmo ano. Na ocasião, segundo Maritza, ela e o marido discutiram após Villar ingerir bebida alcoólica. “Houve uma discussão entre nós como qualquer casal”, afirmou a mulher, que estava acompanhada de José Daniel Ferrer, diretor da organização de oposição União Patriótica Cubana, de acordo com a Associated Press.
“Até o momento em que foi preso, Villar não havia realizado nenhuma atividade de dissidência ou de oposição. Ele trabalhava como carpinteiro”, disse Maritza nesta segunda-feira (30/01).
Apesar de descartar qualquer interferência política na prisão do marido, Maritza responsabilizou o governo cubano de não ter prestado assistência a Villar, que tinha pneumonia. A mulher afirmou ainda que Villar fez greve de fome pois estava revoltado com a condenação de quatro anos de detenção. Essa situação, segundo ela, acabou agravando sua saúde.
O governo do país, por sua vez, afirma que o preso não fez jejum e apresentava um quadro de doença respiratória. O governo cubano acusa a oposição de usar o caso como arma ideológica.
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