A bolsa grega registra fortes perdas hoje (08/04) e chegou a marcar uma queda pontual de 5%, enquanto os juros da dívida se mantêm em níveis históricos. De acordo com agências internacionais, o governo grego deve elevar a meta de déficit fiscal de 12,7% para 12,9% do PIB (Produto Interno Bruto), o que eleva as preocupações em torno da capacidade do país em honrar seus compromissos.
O spread das obrigações gregas – prêmio que os investidores exigem para comprarem dívida grega em vez da alemã, que é referência do mercado – atingiu hoje máximos históricos: 7,49%. Já o preço dos 'credit default swaps' (CDS) sobre dívida da Grécia atingiram os 470 pontos base, superando os da Islândia, segundo os dados da CMA News.
Leia também:
Custo da dívida grega atinge novo recorde
Greve geral contra plano de austeridade do governo paralisa a Grécia
As novas perdas no pregão de Atenas, que ontem fechou com uma queda do 2,9%, refletem a falta de credibilidade na economia grega, um problema reconhecido hoje pelo próprio governo.
“Existem dúvidas (nos mercados internacionais) sobre se conseguiremos superar a crise, mas há maior preocupação diz respeito a nossa capacidade de longo prazo”, declarou o ministro das Finanças Yorgos Papaconstantinou ao canal ATN1.
FMI
Hoje uma equipe do FMI (Fundo Monetário Internacional) chegou a Atenas para avaliar as políticas do governo grego para por fim no grave endividamento do país e oferecer assistência técnica.
Segundo comunicado do Ministério das Finanças grego, entre as sugestões estão um acompanhamento mensal do cumprimento do controle de despesas, maior transparência fiscal, estabelecimento dos orçamentos para três anos em cada Ministério, e um maior papel de controle do Parlamento grego no cumprimento orçamentário.
Além disso, o FMI tem sugestões sobre a reforma do sistema tributário para os próximos dois anos, a cobrança de impostos às empresas, medidas contra a evasão de impostos e mecanismos para cobrar as dívidas ao Estado.
Os líderes europeus acordaram no mês passado apoiar à Grécia, com a colaboração do FMI, e submeter ao país a um estreito controle de sua estratégia de economia e redução do déficit.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL