Dois jovens morreram e outros 20 ficaram feridos na madrugada dessa sexta-feira (10/9) após o desabamento de uma estrutura em uma discoteca de Buenos Aires. Há seis anos, 194 pessoas morreram após um incêndio atingir o clube noturno Cromagnon, também na capital argentina.
“São duas mulheres de 20 e 21 anos que faleceram em um hospital em Buenos Aires”, disse à imprensa o diretor do Serviço de Assistência Médica em Emergência, Antonio Crescenti. O funcionário não revelou as identidades das duas jovens, somente as dos 20 feridos, todos fora de perigo.
Efe
Fachada da danceteria “Beara Lounge Club”, localizada no bairro de Palermo, Buenos Aires
Pouco depois das 4h (mesma hora de Brasília), uma estrutura de metal e madeira desabou na discoteca Beara Lounge Club, no bairro de Palermo. O secretário-geral do Governo da cidade de Buenos Aires, Marcos Peña, disse à imprensa que o estabelecimento tinha alvará de funcionamento.
Pânico
Uma festa privada estava sendo realizada na danceteria no momento do desabamento. Alguns músicos da banda argentina Ráfaga, que havia acabado de se apresentar, haviam permanecido no local. Sergio Aranda, tecladista do Ráfaga, afirmou que levantou parte do “teto caído para que as pessoas pudessem se salvar”, segundo o jornal argentino Clarín.
Aranda disse também que no momento do desabamento, ele e alguns colegas subiam uma escada para o andar intermediário da danceteria. Ele disse que ao menos 300 pessoas estavam no local.
Cromañon
O acidente na discoteca “Beara” lembrou os argentinos de outro triste episódio envolvendo clubes noturnos em Buenos Aires. Em 30 de dezembro de 2004, um incêndio de grandes proporções na discoteca Cromagnon, localizada na cidade portenha, vitimou 194 pessoas. A tragédia aconteceu após a banda local Callejeros utilizar fogos de artifício na apresentação.
No momento em que as pessoas tentavam deixar a discoteca, a luz foi cortada. Em meio à fumaça e à escuridão, muitos foram pisoteados. Além disso, uma das saídas de emergência estava trancada.
A Justiça argentina condenou em julho de 2009 a 20 e 18 anos de prisão o ex-gerente da casa e o empresário do grupo de rock, respectivamente. Os integrantes da banda foram considerados inocentes.
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